Vivemos num mundo em que o volume de conhecimento produzido praticamente dobra de tamanho a cada dia. Diante desse cenário, fica impossível assimilar tantas informações. Logo, professores e gestores de instituições de ensino questionam como será o futuro da educação – e que papel terão nessa jornada.
Para sanar essas dúvidas, a HT Solutions organizou o webinar “Inovação e Criatividade na Educação”, com a convidada Martha Gabriel. Futurista, professora e palestrante, ela é uma das principais referências quando se trata do impacto da tecnologia na vida das pessoas. Por isso, seus insights ajudam a vislumbrar caminhos possíveis para os processos de ensino e aprendizagem das próximas gerações.
Baseados na fala de Martha, reunimos algumas tendências às quais todo educador deve prestar atenção. Veja quais são elas:
1. Professor como interface
A educação conteudista ficou para trás. Isso porque, hoje, as informações estão disponíveis na internet e os jovens conseguem acessá-las com facilidade.
Ainda assim, a figura do professor nunca foi tão necessária. Afinal, em meio ao conteúdo útil, também tem muito ruído on-line. Cabe ao profissional, então, atuar como mediador, filtrando aquilo que os estudantes encontram na web e direcionando o caminho para potencializar o aprendizado de cada um.
2. Nano degrees
À medida que o mundo se transforma, surgem problemas inéditos e complexos. Para solucioná-los, muitas vezes é necessário buscar conhecimento em outros campos.
Só que ninguém tem tempo para uma formação profunda numa nova área acadêmica. Em vez disso, a prioridade estará nos nano degrees: cursos mais rápidos e focados num tema específico para resolver o desafio da vez. Vale dizer que essa tendência se associa à do conhecimento on demand, com aulas disponíveis a qualquer hora, em qualquer lugar.
3. Sala de aula híbrida
Martha Gabriel também ressalta que o futuro da educação não é digital, mas, isto sim, híbrido. As vivências no plano físico se somam a soluções como realidade aumentada e realidade virtual para incrementar o ensino. Como a palestrante gosta de frisar, “a principal função da tecnologia é ampliar as habilidades humanas”.
Um exemplo é o ensino de idiomas. Já existem máquinas bastante competentes em traduzir um texto de uma língua para outra. Frente a essa facilidade, os cursinhos de inglês acabam oferecendo outros tipos de experiências, relacionadas à diversidade cultural e aos vários conhecimentos de mundo possíveis.
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4. Mindset de inovação
Inovar nada mais é que usar a criatividade para solucionar problemas. E, como dissemos, novos desafios aparecem cada vez que o mundo muda (ou seja, o tempo todo).
Essa constante instabilidade exige dos educadores um mindset de inovação. É importante experimentar novas maneiras de ensinar para ver o que dá mais certo.
Nesse ponto, vale entender o papel das tecnologias que estão surgindo. Não se trata de compreender como elas funcionam no nível técnico. Deve-se pelo menos saber o impacto que elas causam e como podem ser levadas para a sala de aula.
5. Lifelong learning
No fim, o termo em inglês que significa “aprendizado durante a vida toda” resume bem a ideia. Num contexto de transformações tecnológicas, econômicas e sociais tão fortes, o conhecimento nunca está consolidado. É preciso atualizar-se sempre. Do contrário, você cai na obsolescência.
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