Os eventos virtuais devem ganhar força nos próximos anos. Aliás, se antes as lives e as videoconferências eram apenas uma alternativa aos encontros presenciais, principalmente no ápice do distanciamento social imposto pela covid-19, agora essas experiências estão se consolidando no mercado.
Para os promotores, há a vantagem inegável de eliminar limitações físicas. Afinal, enquanto uma palestra num auditório comporta um público de poucas centenas de pessoas, a mesma fala pode ser transmitida para dezenas de milhares de espectadores pela internet. Ou seja: é um jeito rápido de alcançar uma audiência enorme.
Porém, uma crítica recorrente é de que a interação entre os participantes fica comprometida num ambiente online. Por exemplo, faltam as conversas no corredor e a troca de ideias cara a cara. Por isso, empresas vêm investindo em novas soluções, desde holografia até eventos no metaverso.
Eventos virtuais no metaverso: uma tendência?
Aqui no blog, já falamos sobre uma tecnologia chamada Mesh. Essa solução, desenvolvida pela Microsoft, propõe a imersão num ambiente virtual hiper-realista para melhorar a colaboração a distância entre membros de uma equipe.
Estuda-se ainda o uso de hologramas para transmitir a imagem de uma pessoa aos demais colegas. Mas, enquanto essa possibilidade não chega, os profissionais podem participar de uma reunião corporativa usando avatares.
Essa é a lógica por trás dos eventos virtuais no metaverso. Um exemplo foi o festival de inovação e negócios AAA SMT, ocorrido em maio de 2022. Parte do público participou das atividades presenciais na faculdade Belas Artes, em São Paulo. Mas quem não estava lá pôde interagir graças a uma plataforma digital criada especialmente para esse fim.
A ideia era que cada pessoa inscrita fizesse seu próprio avatar personalizado para andar pelos espaços do evento. Aliás, não apenas circular pelo ambiente digitalizado, mas igualmente assistir às palestras e conversar com outros participantes. Tudo pelo computador, sem precisar nem mesmo de óculos de realidade virtual.
A demanda por esse tipo de experiência é tão grande que uma startup brasileira da área captou R$ 5 milhões em 2020, segundo a Forbes. A companhia também realizou uma conferência online na qual testou o apresentador meta-humano K1M.
Com uma tecnologia inspirada em games como Fortnite, é possível espelhar movimentos de um indivíduo em carne e osso para desenvolver um avatar ainda mais realista. Inclusive, essa foi a mesma ferramenta usada pela Rede Globo e pelo Magazine Luiza para fazer a personagem digital “Lu” dançar ao vivo com a cantora Anitta numa live da Black Friday.
Infraestrutura para eventos virtuais
Mesmo quem não recorre ao metaverso sabe que eventos corporativos virtuais chegaram para ficar. Portanto, ao organizar uma conferência para centenas ou milhares de pessoas, você deve pensar na infraestrutura técnica. Afinal, a plataforma digital precisa ser robusta o suficiente para aguentar múltiplos acessos simultâneos sem travar.
Além disso, o ambiente online deve ser seguro, o que evita problemas com ciberataques. Essas características requerem um aparato capaz de absorver a carga crítica de trabalho e entregar resultados com alta disponibilidade.
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Foto: iStock/naratrip boonroung
