Educação brasileira: pesquisa do Google aponta tendências

Sempre focado em construir o melhor ensino possível, o Google for Education oferece a mais avançada tecnologia educacional do mercado. Porém, sua atuação vai além, investindo também em estudos que se debrucem sobre as dificuldades do setor e apontem rumos. Assim, a gigante de tecnologia divulgou recentemente uma pesquisa em que faz um “raio-x” da educação brasileira e mundial.

No estudo, desenvolvido em conjunto com a Canvas8, foram analisados dados de diversas fontes, como OCDE, IBGE e a ONG Todos Pela Educação. Ainda foram feitas catorze entrevistas com especialistas em ensino, além de revisão de artigos acadêmicos sobre o assunto. Interpretando todas essas informações, o Google produziu o relatório global intitulado “O futuro da sala de aula”.

A seguir, confira um resumo dos dados relativos ao cenário encontrado no Brasil.

Analisando a educação brasileira

Segundo o relatório, ainda é complicada a realidade do ensino brasileiro, especialmente quando comparada à de outras nações. Afinal, embora aqui se invista 5,5% do PIB em educação, nosso PIB per capita é mais baixo que o de países da OCDE. Logo, o gasto por aluno fica abaixo do necessário, o que tem impacto direto no desempenho escolar. Nossos resultados de alfabetização e matemática são fracos: mais de 75% dos estudantes com 15 anos de idade são incapazes de atingível o nível mínimo nos testes PISA. Além disso, segundo dados do IBGE de 2017, 11,5 milhões de brasileiros com mais de 15 anos ainda não sabem ler ou escrever.

Como melhorar?

Apesar da situação delicada, a boa notícia é que a educação brasileira está caminhando na direção correta. Afinal, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) atualizou e homogeneizou os currículos das escolas. Assim, agora as instituições possuem diretrizes mais claras de como melhorar o ensino, explorando áreas que vão da criatividade ao raciocínio lógico. E isso se reflete na atitude e motivação dos estudantes que, segundo os dados levantados pelo Google, estão mais esperançosos quanto ao futuro.

Tendências para a educação brasileira

Baseando-se em todos os dados analisados, o Google for Education elencou três tendências para o setor educacional do Brasil. Ou seja, caminhos que devemos seguir para conseguirmos acelerar a melhora da qualidade do ensino em escolas primárias e secundárias.

Pensamento computacional

Segundo a OCDE, estudantes que entraram na escola nos últimos anos chegarão ao mercado de trabalho enfrentando desafios que ainda nem conseguimos prever. Porém, uma coisa é certa: o cenário provavelmente apresentará muitas tarefas envolvendo tecnologia. Logo, além do domínio de dispositivos e ferramentas, os alunos precisam exercitar o pensamento computacional através de projetos multidisciplinares. Dessa forma, terão uma base sólida para sempre conseguirem se adaptar às mudanças e evoluções tecnológicas.

Habilidades para a vida e preparação da força de trabalho

Embora o pensamento computacional seja essencial, a educação brasileira não pode deixar de focar também em outras habilidades. Afinal, o profissional do futuro deverá, acima de tudo, ser completo e versátil. Assim, é necessário reforçar o ensino naquilo que é mais essencial: a alfabetização e a matemática básica. Em seguida, deve ser dada atenção ao trabalho com as habilidades socioemocionais, como prevê a BNCC. Isso porque são essas competências, também chamadas de soft skills, que dão resiliência, criatividade e poder de tomada de decisão ao aluno.

Pedagogia inovadora

Como não poderia deixar de ser, todos esses aprimoramentos no ensino passam necessariamente por mudanças pedagógicas. Afinal, é praticamente impossível preparar os alunos para um futuro tecnológico quando a sala de aula está presa ao passado. Assim, o ideal é que as instituições façam uso consistente de tecnologias educacionais já a partir da retomada do ensino presencial, em 2022. Até mesmo porque, com o apoio de dispositivos digitais, fica mais fácil implementar metodologias ativas, como a sala de aula invertida. Dessa forma, escolas e professores conseguem inclusive alinhar-se a conceitos como o da Educação 5.0.

Conclusão

Por um lado, o relatório do Google aponta que a educação brasileira claramente ainda tem muitos problemas, da infraestrutura ao desempenho escolar. Por outro, mostra que já estamos seguindo a direção correta, bastando acelerar esse processo de aperfeiçoamento. Assim, cabe aos governantes e às instituições de ensino a decisão de explorar uma educação mais tecnológica e inovadora.

Para acessar o relatório global da pesquisa realizada pelo Google, basta clicar aqui. Já o relatório voltado às tendências da educação brasileira está disponível neste link.

 

Foto: iStock/Thais Ceneviva

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